6 de fevereiro de 2011

À prova de Bullying

O que mais me incomoda a respeito da escola nova, é o fato de que meus "pequenos" estarão "misturados" com os grandões.



Sim, é isso.Prontofalei!
Na escola em que estudavam só tinha até o fundamental I, então era uma das coisas que me tranquilizava.
Agora não.
Além de tudo ser novidade para eles, ainda se deparam a cada corredor, com crianças mais velhas,adolescentes de várias tribos...os valentões, os nerds, as patricinhas, os emos...
Então fico pensando se isso é superproteção...
Qdo eles chegam da escola, fico horas e horas perguntando como foi, se conversaram com os colegas, o que aprenderam, se lancharam...qdo na realidade o que mais me preocupa é ouvir algo do tipo, "mãe, o pessoal do ano tal mexeu comigo!"...
Morro de preocupação.Fico aflita mesmo.
Sei que devemos criar nossos filhos para o mundo...mas não devemos nos preocupar com o convivio escolar?

Sempre leio revistas e blogs maternos, e sempre que encontro algo legal gosto de publicar aqui.
Encontrei ontem na Pais e Filhos uma reportagem bem legal sobre Bullying, um dos males que atinge muitas crinças na fase escolar.

Segue abaixo a reportagem:


SEU FILHO ANDA SENDO PERSEGUIDO PELOS VALENTÕES DA ESCOLA? SAIBA COMO 

AGIR PARA QUE ELE POSSA SE PROTEGER

POR SAMANTHA MELO, FILHA DE SANDRA E TIÃO


O termo bullying está na moda. A palavra difícil, que não tem tradução exata para o português, se refere àquela violência “malvada” que algumas crianças praticam contra as outras. Isso pode acontecer por meio de assédio verbal (xingamentos, ridicularização), agressão física ou exclusão social. Todo mundo já viu isso acontecer na escola, mas os pais costumavam se preocupar a partir da pré-adolescência, lá pelos 11 ou 12 anos.

Agora tem sido recorrente entre crianças cada vez mais novas. De acordo com um estudo feito pela Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência), 45% das crianças em idade pré-escolar (entre 2 e 6 anos) sofrem bullying. As consequências podem ser bem traumáticas: baixa auto-estima, ansiedade e depressão, além do mau desempenho escolar. Seu filho está sendo perseguido e você não sabe o que fazer? Veja dicas de como ajudar as crianças a lidar com a situação.

Fale com o professor do seu filho

Se o assédio acontece na pré-escola ou jardim de infância, avise os responsáveis pela turma imediatamente. Muitas escolas possuem um protocolo específico para intervir nesses casos. Quando relatar o incidente, seja específico sobre o que aconteceu e quem estava envolvido.

Contate os pais do agressor

Esta é a abordagem correta apenas para os atos de intimidação persistentes e se você sentir que estes pais serão receptivos. Telefone ou mande um e-mail de forma amigável, deixando claro que seu objetivo é resolver o problema juntos.

Treine seu filho a procurar ajuda

Contra-atacar geralmente não é a melhor solução. Em vez disso, ensine-o a se afastar e a procurar ajuda de um professor ou um adulto responsável. Para evitar ser assediado no ônibus escolar, sugira que ele se sente ao lado de amigos, pois os provocadores não costumam escolher uma criança que faz parte de um grupo.

Use linguagem corporal positiva

Há alguns truques que farão do pequeno um alvo menos convidativo. Diga a seu filho para sempre olhar os colegas nos olhos, nunca abaixar a cabeça, mesmo quando estiver confrontando um colega. Isso o fará parecer mais confiante. Também o ajude a praticar uma cara de bravo e usá-la se estiver sendo incomodado. O modo como a criança olha para o “valentão” é mais importante do que o que ela diz.

Pratique um roteiro

Ensaie com o pequeno a forma correta de responder a uma provocação. Ensine-o a falar com uma voz forte e firme – lamentar ou chorar só vai incentivar um valentão. Sugira que ele diga algo como "pare de me incomodar!" ou "eu não vou brincar com você se você agir assim." Ele também pode tentar: "Sim, tanto faz", e depois sair andando. O importante é que a resposta não seja passiva, pois isso incentivará o autor do bullying.

Elogie os progressos

Quando seu filho disser como desafiou um valentão, diga-lhe que você está orgulhoso. Se souber de outra criança incomodando o seu filho, incentive que ele use a mesma abordagem que já deu certo.



Consultoria: Cleo Fante, mãe de Amanda, é pesquisadora do Bullying Escolar e autora do Programa

"Educar para a Paz"